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segunda-feira, 9 de maio de 2011
Melanina e o racismo
A melanina é a denominação genérica de uma classe de compostos proteicos existente nos reinos Animal, Vegetal e Protista e cuja principal função é a pigmentação e proteção contra a radiação solar. É a melanina que, por exemplo, confere pigmentação à pele, então uma pessoa não tem porque de ter uma pele diferenciada pela melanina. O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial
Nelson Mandela
"Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos." (Nelson Mandela).
Anemia
Como então surgiu a anemia falciforme, uma doença genética? É possível depreender da explicação de Marco Antonio Zago, que é um médico e cientista brasileiro, importante nome das ciências médicas no campo das doenças hereditárias, uma explicação bastante interessante. A associação de diferentes fatores, a interação do homem com o meio ambiente, região geográfica e etnia num dado momento da história da humanidade são elementos que dão nexo à explicação do processo de mutação gênica. O mapa de origem da mutação genética que produziu a anemia falciforme coincide com a região geográfica da África que tem altos índices de malária. Existem 3 (três) tipos de anemia falciforme: a Banto, considerada muito grave; a Benin é grave; e a Senegal que é leve.
O trânsito de populações no globo, com o tráfico de escravizados e a imigração européia para as Américas fez com que as hemoglobinopatias não se restringissem aos povos de origem. No Brasil, a anemia falciforme do tipo banto é prevalente em relação aos outros tipos.
Acontece que a anemia falciforme não está limitada às pessoas classificadas como negras no Brasil, mas encontra maior freqüência neste grupo. Pessoas autoclassificadas como brancas podem ter herdado os genes e ter a anemia. "Não são, portanto os marcadores genéticos e sociais que definem a raça/etnia de um indivíduo que vão transmitir a doença e sim a herança do gene, que por si só, isolado, não define o pertencimento racial e pode estar presente na herança genética de pessoas aparentemente sem nenhum traço negróide."
A anemia falciforme não tem cura, o forte estigma e invisibilidade social são fatores que contribuem para uma baixa qualidade de vida do portador devem ser considerados na abordagem da questão.
O trânsito de populações no globo, com o tráfico de escravizados e a imigração européia para as Américas fez com que as hemoglobinopatias não se restringissem aos povos de origem. No Brasil, a anemia falciforme do tipo banto é prevalente em relação aos outros tipos.
Acontece que a anemia falciforme não está limitada às pessoas classificadas como negras no Brasil, mas encontra maior freqüência neste grupo. Pessoas autoclassificadas como brancas podem ter herdado os genes e ter a anemia. "Não são, portanto os marcadores genéticos e sociais que definem a raça/etnia de um indivíduo que vão transmitir a doença e sim a herança do gene, que por si só, isolado, não define o pertencimento racial e pode estar presente na herança genética de pessoas aparentemente sem nenhum traço negróide."
A anemia falciforme não tem cura, o forte estigma e invisibilidade social são fatores que contribuem para uma baixa qualidade de vida do portador devem ser considerados na abordagem da questão.
Blocos Afro
Em Salvador há uma grande desigualdade social. Portanto, os blocos como: camaleão, coruja e etc, atraem pessoas de classe alta pela sua estrutura e equipamentos sofisticados. Os blocos afro são menos sofisticados, porém sua simplicidade é contagiante pelo fato
de expor a cultura africana.
de expor a cultura africana.
Um pouco da Africa...
A África é um continente grandioso, mas que têm um povo pobre, até hoje os métodos de comunicação da África são muito atrasados em relação aos outros países emergentes ou de 1º mundo, por exemplo: a internet na África custa em média 50% a mais que nos países emergentes, as tecnologias são coisas que podem ser muito benéficas para o continente mas, pelo fato de que uma grande parte da população é pobre, essa parte não teria dinheiro para utilizar a internet... Os africanos também têm uma medicina “atrasada” porque os tratamentos estão aí, mas por serem caros, muitos preferem um tratamento mais viável como a cura espiritual através de alguma espécie de ritual.
ARA KETU
Banda
O enorme sucesso provocado pelo bloco Ara ketu, que tinha na base percussiva sua maior singularidade, acabou por criar a necessidade de uma banda com um trabalho baseado na pesquisa da música africana tradicional, devidamente readaptada musicalmente para temática brasileira.
No dia 8 agosto de 1989, a Banda Ara Ketu começou o seu trabalho musical, sem deixar de lado a ênfase eminentemente ligada à prática percussiva. A partir deste período começaram as viagens internacionais, levando para países da Europa, América Latina e a cidades dos Estados Unidos a música que se produzia na Bahia.
Em 1990 incorporou novos elementos à sua música, devido à participação da empresária da Banda Ara Ketu e diretora do Bloco Ara Ketu, na criação do memorial da Ilha de Goré Almadie, no Senegal. Lá ela conheceu de perto a musicalidade moderna africana: música de origem tribalística, eminentemente percussiva, misturada a sintetizadores, samplers e instrumental eletrônico. Este fato levou-a a implementar essa "nova" musicalidade na Banda Ara Ketu, fazendo as devidas adaptações musicais.
Aproveitando o melhor da percussão existente no Bloco Ara Ketu, bem como o vocalista, que já fazia parte do “Ara Ketu percussivo”, buscou-se o restante dos músicos para formar o instrumental eletrônico e o naipe de sopro, que tivesse identificação com essa nova formação.
Os músicos da banda então resolveram "importar" a idéia, readaptá-la à ritmia brasileira (nos sambas, músicas nordestinas e toques de candomblé) e realizaram a maior revolução experimentada pela música afro-baiana. Surge assim o estilo próprio do Ara ketu, que atrai pela força das canções, com letras que falam do povo e para o povo, com símbolos e códigos das etnias afros, sob a influência forte da música contemporânea. Dessa miscelânea de ritmos e estilos próprios a banda Ara ketu traçou seu caminho rumo ao sucesso e o reconhecimento popular.
Discografia
A discografia do Ara ketu é vasta e repleta de pérolas musicais que são sucesso até hoje, principalmente no carnaval. O Ara Ketu se destaca também, por ser o primeiro dos novos grupos negros baianos a empunhar uma guitarra elétrica e misturar a música de percussão com eletrônica. A pesquisa musical sempre foi latente por entre os músicos e os diretores da banda. O primeiro disco fruto desta junção - para muitos inusitada, mas executada com maestria - foi Ara Ketu (1992), gravado pelo selo independente inglês Seven Gates. Apesar da reconhecida qualidade do trabalho da banda e do crescente interesse do público estrangeiro pela música dos brasileiros, o disco teve lançamento limitado à Europa. A própria banda passou a ser mais respeitada no exterior do que no Brasil.
O Bloco
“Ara Ketu é música que se ouve do alto, do som dos tambores e atabaques percussivos, que ecoa dos Povos de Ketu, levados pelo vento, até tomar conta de uma nação.” Assim surgiu o bloco Ara Ketu – formado por um grupo de foliões de Periperi, Subúrbio Ferroviário de Salvador, no dia 08 de março de 1980, com o intuito de fortalecer os signos da cultura afro-baiana através da música.
As tradições culturais da Bahia e da África são temas que impulsionam o bloco Ara ketu, que passou a fazer parte do carnaval de Salvador como um importante divisor de águas, desfilando as cores azuis e brancas, com motivos que evidenciam as tradições afros. O Ara Ketu percussivo tomava as ruas, levando com ele uma multidão de pessoas que se encantavam pela batida forte e marcante da percussão.
Neste contexto, a Banda Ara Ketu nasceu à imagem e semelhança do Bloco. Desde o princípio, apesar de ter se formatado como a maioria dos grupos musicais que floresciam a sombra das entidades carnavalescas de fortes raízes africanas, buscou seu diferencial, seu jeito próprio de pensar e fazer arte. E não demorou muito para que as pessoas do Bloco suburbano passassem a pensar a música de uma forma cosmopolita, universal, sem discriminar qualquer tipo de som, de palavra, de expressão.
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